terça-feira, 2 de junho de 2009

Saúde Gay

- Dez problemas recorrentes entre homens gays
por Marcelo Cia

Alguns problemas de saúde são mais comuns entre homens gays do que entre a população hétero. Naturalmente todos - gays e héteros - têm os mesmos riscos, mas vida sexual, noite, drogas, depressão, além de outros fatores como o culto ao corpo, aumentam a incidência de certos males entre gays. É bom conhecê-los para serem evitados.

É comum também o indivíduo não procurar ajuda médica por ter vergonha em assumir que fez sexo com outro homem, no caso de ter uma doença venérea. A saída costuma ser a auto-medicação, que pode ter conseqüências ainda mais sérias.

1 - HIV/AIDS: a eficácia do sexo seguro em reduzir a taxa da infecção de HIV é uma das histórias de grandes sucesso da comunidade gay. Mas nos últimos poucos anos observou-se o retorno de muitas práticas inseguras de sexo, como a crescente prática do barebacking. O sexo seguro continua sendo a única forma para evitar o HIV, o uso do coquetel não cura, tampouco é confortável.
2 - Drogas: pesquisas americanas indicam que gays usam mais drogas que a maioria da população e não apenas em comunidades maiores como Nova Iorque, San Francisco e Los Angeles. As principais são poppers, maconha, ecstasy e anfetaminas. Os efeitos a longo prazo de muitas destas substâncias são desconhecidos, não existem estudos que mostrem os estragos do Ecstasy a longo prazo por exemplo.
3. Depressão/Ansiedade: a depressão e a ansiedade parecem afetar homens gays em uma taxa mais elevada do que na população geral. A probabilidade delas aparecerem parece ser maior, talvez pela opressão da sociedade, os problemas na família e a necessidade de se esconder que muitos de nós encontramos. Adolescentes e jovens também têm maiores riscos, provocados pela crise sexual e de identidade, comum a essa fase.
4. Hepatite: quem faz muito sexo tem muitas chances de ser infectado pelo vírus da hepatite. Ele causa sérios danos ao fígado e pode evoluir para um cirrose ou câncer. É fatal e dois dos três tipos mais comuns de vírus tem tratamento eficaz. Mesmo assim é necessário descobrir a doença em estágios iniciais. Mais uma vez, sexo seguro é importante, e para evitar a hepatite também o sexo oral deve ser protegido.
5. DSTs: mais uma vez, quanto mais a pessoa fizer sexo com um número maior de parceiros, maiores serão as chances de contrair uma doença sexualmente transmissível. Gonorréia, sífilis, chato,hpv ... São perigosos e de difícil tratamento. A gonorréia também pode atingir o ânus. Nesses casos o tratamento é mais severo.
6. Câncer da próstata ou testicular: é lenda a história que gays tem menos chances de desenvolver câncer de próstata ou nos testículos por "usarem" bastante. Isso afasta gays do consultório para a realização do exame recomendável a partir dos 35 anos. A indicação médica para esses casos é igual tanto para gays quanto para héteros.
7. Álcool: os índices de dependência do álcool entre gays é superior ao número encontrado na população hétero, apesar do uso ser equivalente. Os motivos são os mesmos que explicam o uso das drogas ilícitas.
8. Tabaco: em algumas pesquisas recentes, o uso de cigarro entre gays americanos atinge 50 % da população, número assustador e quase o dobro da média nacional. O uso dessa substância causa problemas sérios, como câncer de pulmão, aumento da pressão arterial, problemas no coração, entre outros.
9. Vigorexia (doença do culto ao corpo): os problemas com a imagem do corpo são comuns entre homens gays. Na verdade, a incidência de vigorexia, anorexia ou bulimia entre homens hétero é quase nula. O exercício regular é muito bom para a saúde cardiovascular e para outras áreas, o exagero é prejudicial. Associados à malhação, é comum aparecer o uso de esteróides e suplementos prejudiciais à saúde. Isto pode causar um grande número de problemas de saúde: diabetes, a pressão elevada e a doença de coração.
10. Cãncer anal: o vírus HPV é o maior causador do câncer de cólo de útero em mulheres. Transmitido pelo pênis, ele também pode infectar o ânus em homens e causar câncer anal. Alguns profissionais de saúde recomendam exames para gays com a mesma periodicidade que nas mulheres: todo ano.

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