"Curitiba não comporta tantos shoppings". "A chegada de um shopping maior vai acabar com o movimento do shopping antigo, que fica perto, em pouco tempo". Essas são duas frases soltas ditas com temor por alguns empresários e frequentadores de shoppings nos últimos meses em Curitiba.
A expectativa da chegada de novos shoppings na capital paranaense nos próximos anos vem mexendo com o mercado. Pátio Batel (Grupo Salomão Soifer), Shopping Atuba (do empresário Félix Strobel Júnior), Park Shopping Boulevard, na Linha Verde (dos empresários Michel Gelhorn e Carlos Massa o Ratinho) e o shopping do Jockey, no Tarumã (Grupo Tacla), são alguns dos empreendimentos que estão na fila de inaugurações.
Mas será que Curitiba comporta tantos shoppings e um não vai acabar "devorando" o outro, principalmente os mais próximos? A experiência dos shoppings Palladium e do Total mostra que a resposta para essas duas perguntas é não.
Inaugurado em 2008, o Palladium foi construído a poucos metros do Shopping Total, que estava na região do Portão já há 10 anos. Quatro anos depois, o que se vê hoje é que os dois empreendimentos cresceram e atraíram um público que, antes, não frequentava o bairro.
"A chegada do Palladium agregou bastante para o Total. Hoje, o fluxo entre os dois shoppings nos finais de semana mais parece um formigheiro. Foi bom para eles e bom pra nós porque os dois se completam. Em nenhum momento houve o risco de um acabar com o outro por causa da proximidade", afirma a superintendente do Shopping Total, Lucila Peyerle.
"A proximidade dos dois shoppings não impede que o consumidor transite entre um e outro, ao contrário, pessoas que nunca tinham vindo para este lado da cidade vieram ao Palladium e talvez descobriram o Total. Pode ser que se fosse só o Total, elas não viessem, então uma coisa acabou se somando a outra gerando fluxo de clientes para os dois. E que venham mais porque certamente temos mercado para todo mundo", diz a gerente de marketing do Palladium, Maria Aparecida de Oliveira.
A superintendente do Total reforça a ideia da gerente. "Eles (Palladium) tinham um público que eu não tinha conseguido atrair pra cá. Talvez, o Palladium trouxe este público que está lá e vem para cá. Claro que o meu cliente também atravessa a rua por curiosidade ou para encontrar um produto diferenciado", diz Lucila.
Reforma
Mas não bastava esperar a construção maior shopping da região sul ao lado e esperar a chegada dos novos clientes. O Total também investiu na própria ampliação e trouxe novas lojas. Desde sua inauguração em 1998, o shopping do empresário Michel Gelhorn triplicou de tamanho. No início, eram 120 lojas, hoje são quase 400.
"Estamos concluindo a última grande reforma do Total que proporcional o fechamento das paredes das lojas do novo setor. Hoje, já é possível os clientes caminharem para a praça de alimentação e cinemas mesmo com as lojas fechadas em feriados, por exemplo, o que antes não era possível por questões de segurança. Faltam só alguns detalhes como a instalação de sprinklers, que são aqueles chuveirinhos em caso de incêndio. Já está quase tudo pronto", afirmou a superintendente.
Lucila contou ainda que o Total está praticamente no seu limite de expansão. "Com esta obra chegamos quase ao destino final. A única coisa que iremos fazer um dia é transformar o G1 do estacionamento em espaço para lojas. Aliás, a ideia inicial foi essa, tanto que construímos o G1 com pé direito alto e o acesso é na contramão porque não foi feito exatamente para estacionamento. Este deve ser o nosso próximo passo", diz.
Descontos
E mesmo tendo quase triplicado de tamanho, o Total não perdeu a característica de um shopping de descontos, garante a superintendente. "o Total cresceu, vieram novas marcas, mas quem visita o nosso shopping sabe que os descontos permanecem. Não perdemos nossa característica de shopping de descontos de jeito nenhum", finaliza.
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Fonte:SindiShopping
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