sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bahia de todos os sexos !!!

Basta uma visita a Salvador para entender por que a cultura da Bahia exerce tanta influência sobre o resto do Brasil. A cidade deixou de ser a capital do país em 1763, mas o comportamento liberal do povo baiano continua envolvendo os forasteiros, que levam para casa muitas das lições aprendidas. Além de seduzir os viajantes, a cidade sabe como poucas misturar história e cultura singulares com dezenas de quilômetros de praias democráticas. Viajantes gays e lésbicas têm um componente a mais na singular experiência de visitar Salvador: sexo é um assunto tão corriqueiro para o soteropolitano que é

Cheia de charme e transbordando alegria, Salvador possui um encanto particular aos turistas gays e lésbicas: a harmoniosa convivência entre as diferenças.


Baianidade gay nagô
– Se do lado da Baía de Todos os Santos a cidade esbanja história e cultura, do lado do oceano ela se espraia por dezenas de quilômetros de praias que agradam a todos que vivem ou estão de passagem pela cidade. O divisor literal das águas soteropolitanas é o bairro da Barra, com o Farol que delimita o fim da área central da cidade e da baía. É ali que está a simpática praia do Porto da Barra, disputada por gays, lésbicas, bi, trans, modernos e hippies durante as tardes de sábado e em todos os dias de verão. A ferveção descolada acontece, aliás, desde os anos 60, quando Gil e Caetano, Gal e Bethânia davam pinta por lá. Mas as dezenas de quilômetros de praias de mar aberto da capital baiana reservam muitas outras surpresas, tanto em suas águas mornas e limpas quanto na areia batida, ideais para a prática dos esportes, do lazer e da paquera. A Barraca do Gaúcho Tchê Biruta é um dos points mais modernos da orla e fica do outro lado da cidade, no extremo norte da orla, precisamente na praia de Stella Maris. Sua elevada concentração de gente bonita justifica a visita, apesar da distância. A Praia dos Artistas, por sua vez, é o caldeirão assumidamente gay do litoral soteropolitano. Poucos metros defronte ao Esporte Clube Bahia, há um bolsão de estacionamento de onde se avistam as bandeiras do arco-íris esvoaçando entre a avenida e a praia. Sábado e domingo são os dias mais movimentados nos quiosques GLS da praia. O fervo, porém, também acontece durante a semana, sobretudo no período entre o Ano Novo e o Carnaval. A barraca pioneira da região é a Aruba, centro do basfond praiano com shows de drags e muita “caçação” depois do pôr-do-sol. A barraca República reúne um povo que mantém a compostura durante o dia, mas ferve ao som de música eletrônica a partir do final da tarde. E a cabana Bahamas é o lugar de quem procura um pouco mais de sossego e um cardápio com opções variadas. Comida e bebida, aliás, não faltam por toda orla soteropolitana. Além da cerveja gelada e do queijo coalho tostado – iguaria que cruzou fronteiras e conquistou o Centro-Sul – nas barracas encontram-se pratos típicos nordestinos como os caldinhos, os escondidinhos e as muitas espécies de crustáceos do litoral da região. Portanto, não se preocupe em levar mantimentos e, tampouco, guarda-sóis para a praia – no nordeste, quem garante o conforto são os quiosques, cujos funcionários oferecem mesas e cadeiras aos clientes, além de abrigo para o sol inclemente.

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